A
partir deste ponto, o cenário da narração muda. O local não é mais o sepulcro
vazio, a personagem que se destacara, Maria Madalena dá lugar aos Apóstolos e a
manhã finda, o evangelista prossegue: “Na
tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado
as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no
meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja
convosco! Dito isso, mostrou-lhes as
mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra
vez: A paz esteja convosco! Como o Pai
me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou
sobre eles dizendo-lhes: Recebei o
Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão
perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.
O
trecho transcrito é esplendorosamente rico e muito utilizado na liturgia
católica. O medo dá lugar à Paz. E para crer, para se ter fé, Jesus apresenta
as provas: mostra as mãos. E alegria se dá simplesmente porque se vê o Senhor.
Somente neste momento, depois de terem crido é que Jesus os envia em missão.
Mas não manda seus seguidores sozinhos na missão, deixa-lhes o sopro do
Espírito Santo, o que remete ao principio, quando o Pai com o Ruhá dá vida ao homem. Por fim, a
autoridade é claramente evidenciada, uma vez que “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a
quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.
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