sábado, 21 de fevereiro de 2009

Com toda perfídia do mundo!

Descobri-me pérfido
Mas antes que tu me condenes
Pela minha aleivosia
Justifico minha declaração
Descobri-me Pérfido
Comigo mesmo
Se é que é possível...
Tenho atitudes de perfídia
Todos os dias
E diga-me
Se tu, em algum momento,
Não agiu faltando com a verdade?
Mesmo sem intenção de prejudicar
Talvez, sem desservir ninguém
Além de tu, uma vez que, sempre te fere
Toda vez que age falsamente
Sempre me firo...
Mas continuo tentando não magoar ninguém
A verdade, em alguns casos, machuca
A falta dela adia a dor
Então, como não sabes se tu estarás aqui amanhã
Ou em um sepulcro qualquer
[Só espero que tu estejas: e sejas otimista!]
Então se tiver que me poupar
Minta quando tu falas comigo
Só não te esqueças que um dia...

Que um dia a luz ilumina as trevas
E quem nunca enxergou
Passa a ver!

13 comentários:

  1. Eu percebi uma coisa nos blogs que mais frequento. É uma característica, no mínimo, curiosa. Os donos são estudantes de comunicação social (no meu caso jornalismo) e têm 20 anos. Será que 1988 foi um ano onde as mentes criativas nasceram? Não sei, mas a gente tá provando isso. Olha, o texto tá muito bom. Melancólico, triste, cheio de incertezas, mas dá um tapa na cara quando lemos a última estrofe.

    Parabéns!!!

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  2. Belo texto...
    Concordo com o Renan, Melancólico, triste, cheio de incertezas, mas dá um tapa na cara quando lemos a última estrofe.

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  3. Gosto de versos livres, e vc faz bem isso. Mas achei os versos duros, o que me remete a um período menos moderno e mais intimista.

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  4. Olha...


    Gostei bastante de seu poema. Inclusive a última estrofe é bem parecida com algo que escrevi um tempo atrás.

    Também gosto de escrever versos livres, apesar que meu estilo é um pouco mais viajado e subjetivo. Mas gosto da forma que você os coloca de modo a colocar seus sentimentos. Isso também é uma bela forma de se fazer poesia.


    Abraços
    .

    http://solucomental.blogspot.com

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  5. Bom texto... E concordo principalmente no trecho... A verdade... As vezes machuca bastante

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  6. Gostei muito do seu texto.

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  7. A última parte do texto é reveladora!
    Muito bom!

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  8. Opa cara, parabéns pelos textos... Sorte com seu projeto!
    http://mistoquente-opiniao.blogspot.com/

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  9. o tapa na cara é inevitavel, como disse ali em cima, ao ler a ultima estrofe, e digo mais, adorei mesmo seu amplo vocabulario, parabéns!

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  10. Camarada, a tua prolixidade (se assim me permite denominar) engajou-se com uma poética de protesto profunda, como um rap-revolucionário-marxista, saca?

    ¡Hasta la vista!

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  11. A perfídia - no caso, a deslealdade - é algo que nos acompanha. A verdade precisa ser racionada, deve ser desembolsada apenas quando necessário.
    É coisa séria.

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Última Palavra

Eu não recordo qual foi a última palavra nem a última frase que você disse antes de partir... Eu não sei se isso é normal, mas sempre perco ...