Borboletas voam, dançam e cantam uma suave melodia que os ouvidos não veem!
Ouvir, sentir, ver e seus mais diversos sentidos perdem o sentido e a eficácia frente ao baile primaveril!
Já é outono e as folhas caem, tudo que é velho passa e vira adubo para o novo.
Hoje estou melhor, mas com a incerteza e certeza de que amanhã eu não sei.
Conflitos paradoxais frente a linha do tempo imperfeito que se traça e descreve uma vida!
Há quem foi dado o poder de tirá-la?
Teus olhos verdes já não me veem.
Teus olhos verdes servem para ver-me de dia
Pois a noite foi feita para o pecado
Profano e amado
Coitado do ser machucado pelo amor desencadeado
Cadeado, era de um destes que eu precisava
Guarde meu segredo
De hoje em diante não terei mais medo!
Escreverei em teu epitáfil:
"O amor próprio é o maior amor do mundo!
Pena meus olhos castanhos não poderem mais ver-te o brilho de duas esmeraldas,
que brilharam durante uma vida
que conduziram-me à insanidade!"
E na proxima estação, quando as flores desabrocharem sobre teu jazido novas borboletas, de todas as formas e cores e sabores bailarão sobre o manto verde que te cobre do calor e do frio, de noite e de dia.
As borboletas que hoje em festa passeiam por ti não estarão mais ali!
Elas voam, voltam, vão e viajam, viajam como vc viajou!